A malta foi a Malta

Pegamos no Diego e fomos.

Quem acha que viajar com crianças é impossível, talvez tenha dificuldade em acreditar que foi uma viagem espetacular!

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O @raising_a_backpacker (IG) arrancou sorrisos a todos!

E que fomos de mochila, e mais: consideramos que as mochilas são muito mais práticas do que malas de rodas, porque uma mochila às costas significa duas mãos libertas para dar colo, empurrar um carrinho de bebé, uma bebida ou um pastizzi, e uma infinidade de coisas mais.

Malta é um país pequeno, constituído por 3 ilhas: Malta, Gozo e Comino.

Comino é a mais pequena, mas muito requisitada devido à Lagoa Azul, uma praia maravilhosa e paradisíaca, com uma água de cor fantástica. Apesar de nos recomendarem ir logo de manhã, fizemos exactamente o contrário e não nos arrependemos nada! Arrancamos para a ilha às 15h, e fomos vendo a multidão desaparecer e a praia ficar cada vez mais vazia. Quando chegamos à praia, eu ia jurar que o fundo do mar era do material de que fazem as piscinas, de tão azul que era! No entanto, eu confirmei: é mesmo areia! Convém ressaltar que, mesmo que percam os barcos maiores, podem sair da ilha pelos taxis, que trabalham até às 19h, e por isso aproveitar a praia mais isolada e o pôr-do-sol. Apesar de haver um hotel na ilha, optamos por não ficar lá, porque o hotel é velho e demasiado caro. Não percam a oportunidade de visitar esta praia… reza a lenda que daqui a uns anos, devido à subida do nível médio das águas do mar, ela desaparecerá.

Em relação a Malta e Gozo, decidimos, dividir irmãmente os dias entre as duas ilhas, e foi o melhor que fizemos! Malta é uma ilha maior, mas muito mais movimentada. Gozo é mais aconchegante e recatada, e foi onde contactamos com o verdadeiro espírito maltês.

Eles têm uma coisa muito portuguesa, que são as Festas. Não são fiestas, como eles bem demarcam, são Festas! Todos os fins-de-semana existem várias Festas pela ilhas fora, é só escolher uma e ir viver o espírito maltês. E sim, existe um roteiro, facilmente adquirido no aeroporto, para que se possam guiar pelas várias festas.

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O nosso roteiro fugiu à tradicional capital (onde passamos só uma tarde), e começou em Mdina, uma terra pequenina, usualmente visitada durante o dia, onde passeamos à vontade, por não ser demasiado procurada pelo turismo. Como alugamos carro, não era importante o sistema de transportes públicos a partir dali. É um sítio bonito, pequeno, cravejado de ruas pequenas e recantos maravilhosos, e um dos locais de gravação da Guerra dos Tronos.

A partir de Mdina, fomos à St. Peters pool, no sul da ilha. Uma piscina natural, onde pudemos pela primeira vez saborear o calor das águas de Malta. Uma coisa que aprendemos sobre Malta é que o conceito de praia de areia, não é o nosso: por ser Mediterrânea, a areia muitas vezes são calhaus pequeninos, e podem ter que ir munidos de sapatos de água para vosso próprio conforto!

As praias de areia propriamente dita que encontramos foram na Melhieha Bay, Paradise Bay e a Golden Bay. E são mesmo muito fixes, especialmente a Paradise Bay!

No entanto, também aprendemos que, em Malta, em qualquer sítio se pode tirar a roupa para dar um mergulho, e não é incomum ver um porto com barcos e ao lado um conjunto de senhoras de chapéus de abas a conviverem durante horas no meio da água.

Uma curiosidade sobre Malta? A febre do turismo está a fazer das suas. É tão comum conduzir por ruas tão estreitas onde quase não passam dois carros (e no interior isso é bastante comum, acreditem!), como correr estradas tão largas que parecem autoestradas, como é o caso da estrada que conduz à Azure Window.

A malta foi a Malta. E a malta gostou! Consideramos que o nosso tempo em família é potenciado nestes momentos, em que vamos com destino marcado mas sem rotas definidas. Andar ao sabor do vento, traz-nos experiências únicas e marcantes. E deixa sempre um sabor agridoce de: quero mais!