Conselhos de uma Mãe para outra

Há quase 10 meses atrás, eu fui oficialmente, mãe. Na realidade, fui mãe no momento preciso em que soube que o Diego estava a desenvolver-se na minha barriga: restringi-me na alimentação, no exercício, aligeirei o trabalho o quanto podia. Fiz, o que todas nós fazemos, quando sabem que uma vida cresce dentro de nós: fiz o que senti que era melhor para ele!

Há dois anos atrás, já só jantávamos em sítios que conhecíamos, e onde eu sabia de antemão que a minha entrada não vinha com uma folha de alface por baixo ou a minha carne demasiado mal passada. Durante a gravidez, há mil e um cuidados a ter, devido a doenças que raramente efectivamente acontecem. Mas nenhuma grávida quer ser o um em um milhão, pois não?! E por isso temos cuidados. E nisso, cada grávida tem os seus, umas com a comida, outras com o exercício, outras com tudo e outras com nada… e ao fim e ao cabo, cada grávida se deve guiar pelo seu instinto. O instinto materno é fundamental, e ajudou-me em muitas situações: criou dúvidas quando tinha que as ter, e certezas também.

Do que me foram opinando, e aconselhando, demasiadas vezes e sem eu pedir, retive apenas dois conselhos, que se revelaram essenciais, e a estes, acrescento mais um, por experiência própria:

1. “Queres amamentar? Prepara-te! A amamentação é espetacular mas não é nada fácil. O que ninguém te diz é que dói, fazes feridas e gretas e também andas sempre a pingar.” Foi nesse momento que me foram apresentadas as minhas melhores amigas, os tupperwares das maminhas, e a melhor forma de os usar. Mais tarde troquei-os pelas “fraldas” das maminhas, tudo “cenas” hipersexys como devem imaginar!

Ah… Toda a gente se acha no direito de opinar: e como as mamas não têm mililitros para saberes quanto é que o teu filho mama, todos vão opinar que é muito, ou que é pouco, ou o raio que o parta as opiniões de toda a gente.

2. “Não ouças nem faças tudo o que te dizem, porque vais enlouquecer!” Eu ouvi tudo, respondi o menos possível, e fiz o que me deu na gana. E por “o que me deu na gana” significa que fiz o que achei melhor para mim e para o meu bebé! Convenhamos que há bebés a nascer e a crescer nos 4 cantos do mundo, e não são todos criados da mesma forma, certo?! Toda a gente tem a sua opinião, e toda a gente tem a sua vida, onde pode aplicar as suas próprias opiniões. Mentaliza-te disso, e boa sorte!

3. O que eu aconselho? Seria o conselho a mim própria. E talvez sejam dois. Diria para fazerem o vosso plano, e definirem a forma como querem que as coisas aconteçam, mas que tentem preparar-se para aceitar o que vier. Foi o mais difícil para mim. Aceitar que nem tudo correr como nos meus sonhos, e que não é por isso que o meu bebé não vai crescer forte e saudável.

Acima de tudo, acreditem: no fim, vai tudo correr bem. Os medos são dissipados, e nós não somos inexperientes porque nunca tivemos um filho: a maioria das pessoas que dizem isso só têm um filho ou dois e isso não lhes dá o saber infinito nem as transforma no Yoda da maternidade. E eu nem acredito que as pessoas façam tudo o que acabam por fazer por mal: é apenas porque querem acreditar que fizeram o melhor pelos seus filhos. E fizeram! Só que para o teu filho és tu, que tens que decidir o que é o melhor!

Boa viagem a todas neste navio brutal que é a maternidade, e da qual a mãe é o melhor capitão do mundo! No meu caso, partilho o lugar com o maridão, que é só um espetáculo!

Leave a comment